Curso de pós- graduação lato Sensu de Psicopedagogia Institucional
O desinteresse dos alunos de escola pública pelo ensino da Língua Inglesa e a intervenção da Psicopedagogia como forma de solução de prevenção
Valéria Duarte Malta
Maria Madalena Santos Teixeira
Ferros
2009
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO E IESDE BRASIL S.A.
Curso de pós- graduação lato sensu de Psicopedagogia Institucional
O desinteresse dos alunos de escola pública pelo ensino da Língua Inglesa e a intervenção da Psicopedagogia como forma de solução de prevenção
Valéria Duarte Malta
Maria Madalena Santos Teixeira
Ferros
2009
O desinteresse dos alunos de escola pública pelo ensino da Língua Inglesa e a intervenção da Psicopedagogia como forma de solução de prevenção
Maria Madalena Santos Teixeira
Valéria Duarte Malta
Curso de pós- graduação lato sensu de Psicopedagogia Institucional
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Institucional, pela Universidade Castelo Branco em parceria com IESDE BRASIL S.A.
Obteve o grau:__________________.
Professor (a)
Tutor(a):___________________________________________________
Professora Suely Dias Duarte
Professor (a) orientador
(a):______________________________________________
Professora Jane Rangel
Professor (a) avaliado
(a):______________________________________________
Professora Leociléa Vieira
Coordenador (a) do CEAD-
UCB:__________________________________________
Professor (a)
Ferros, _________ de ______________ de ______________.
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho de conclusão do curso de pós-graduação em Psicopedagogia Institucional, aos nossos atuais e ex-alunos, por terem participado de nossas vidas e por terem feito surgir em nós tanta vontade de buscar o melhor e de fazer o melhor.
É vocês, a causa da nossa inquietude e de tantas indagações feitas neste trabalho.
É por vocês que planejamos, pesquisamos, analisamos, refletimos, tentamos compreender e encontrar soluções ou sugestões baseadas na Psicopedagogia, que pudessem diferenciar o ensino/aprendizagem da Língua Inglesa na Escola Pública. De modo que a elaboração e conclusão deste servirão como base para muitas transformações na vida escolar.
É para vocês o resultado da nossa pesquisa.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por nos dar forças para aprender, indagar, ensinar e a buscar....
Aos nossos pais,que depositaram fé em nós , nos ensinando a ter fé em nós mesmas e em Deus.
À Professora Suely Dias Duarte, orientadora, pela eficiência, carinho e dedicação.
Aos nossos filhos, Emmanuel, José Luiz, Mayara e Cissa por compreenderem e aceitarem a nossa ausência.
Aos alunos e professores do Ensino Fundamental e Médio, que concordaram em responder o questionário, cooperando para conclusão do trabalho, ficamos imensamente gratas.
A todas as diretoras das escolas pesquisadas, em especial a Arlete Guerra Bretas pela colaboração, oportunidade, gestos de amizade, elogios ou criticas, pois estas foram essenciais para esta caminhada até aqui.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo investigar as causas do desinteresse dos alunos de escola pública pelo ensino da Língua Inglesa, o que conseqüentemente gera o baixo desempenho e até o fracasso escolar. Quadro urgente que nos chamou a atenção afim de que possamos compreender os motivos e as conseqüências das atitudes desses alunos que não dão tanto valor à aprendizagem de uma língua essencial no mundo atual. Desta forma o processo é analisado sob a ótica dos alunos e professores entrevistados. Sendo que através dos dados colhidos desta entrevista é que baseamos nossa reflexão, na qual pretendemos verificar os motivos internos e externos que provocam tal comportamento. Assim, torna-se necessário aprofundar as investigações de como tal processo ocorre para apresentarmos ferramentas que possam estabelecer viabilidade aos docentes de escolas públicas e realmente intervir no ensino/aprendizagem da Língua Inglesa, enfocando a motivação, as estratégias de ensino e a competência comunicativa. Finalmente, buscamos estabelecer relações significativas baseadas na Psicopedagogia Institucional que possam ser trabalhadas em caráter preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos problemas além de servir de instrumentos para a prática do professor de Língua Inglesa.
Palavras-chave: Desinteresse, escola pública, entrevista, Língua Inglesa, intervenção.
Ensino porque busco, porque indaguei, porque me indago e me indago.
Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo.
Paulo Freire
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
Com intuito de contribuir para a melhoria do ensino/aprendizagem da Língua Inglesa nas escolas públicas, desenvolvemos uma pesquisa com alunos e professores do Ensino Fundamental e Médio com a finalidade de detectar a causa do desinteresse de ambos e tentar encontrar algumas soluções baseadas na Psicopedagogia. Esse interesse em pesquisar e detectar os descasos desses alunos em relação a essa disciplina, resultou da experiência como professoras dos ensinos Fundamental e Médio.
Durante a prática docente pensamos muito sobre a realidade atual das escolas públicas e dos alunos: a carência, a repetência, a desmotivação, turmas numerosas, material didático pouco adaptado ao contexto do aluno, falta de material de suporte como, por exemplo, salas-ambientes, gravadores, vídeos e biblioteca especializada. Daí surgiu à necessidade de buscar alternativas. Nesse sentido, surge a necessidade de investir em um programa de pós-graduação em Psicopedagogia Institucional na Universidade Castelo Branco em parceria com IESDE BRASIL S.A.–INTELIGÊNCIA EDUCACIONAL E SISTEMA DE ENSINO, com a intenção de arranjar meios e soluções para sanar ou amenizar tais problemas.
Nota-se também que os alunos concluem o Ensino Médio sem possuir capacidade de sequer articular algumas idéias em língua inglesa, muito menos a proficiência nesta. Tal fato constitui-se uma discrepância levando-se em consideração os anos que o aluno passou “estudando” a Língua Inglesa.
Além, dessa situação um tanto marginalizada dentro do currículo, a disciplina enfrenta alguns desafios dentro das instituições públicas: carga horária reduzida, falta de livro didático, indisponibilidade de impressora, Xerox, recorrendo-se então ao lendário uso de mimeografo, salas de aulas lotadas, sem espaço para a prática de todas as habilidades lingüísticas como reading, writing, listening e speaking.
A intenção é basear essa pesquisa nas teorias de alguns teóricos como Wallon, (1986) de acordo com ele a afetividade na relação professor-aluno é de grande importância. O teórico diz que as emoções têm papel essencial no desenvolvimento da pessoa, porém é importante não confundir afeto com falta de cobrança.
Já Lev Vygotsky (1998), em sua abordagem sociointeracionista, entende e apresenta o homem em relação ao conhecimento, como o indivíduo que se desenvolve a partir do meio físico e socialmente, ou seja, o professor é visto como mediador privilegiado que tem alunos com história social diferentes e que se deve dar liberdade de ação, abrindo espaço para a fala e processos individuais e grupais, sempre levando em consideração o conhecimento anterior do aluno.
Já Maria Montessori (1965) defende o uso de materiais pedagógicos específicos para estimular o aluno à interação de forças corporais e espirituais: o corpo, a inteligência e a vontade do aluno, buscando uma pedagogia livre de repressões e plena de diálogo e reflexão sobre a autoconstrução do aluno.
Portanto, para descobrir e compreender os fatores que levam os alunos a se desinteressarem pelas aulas de inglês levaremos em consideração a afetividade, a vida sócio-histórico-cultural do aluno, o conhecimento prévio, o material didático utilizado pelo professor de inglês em sala de aula. Isso sem esquecer que o professor de inglês de aderir uma formação continuada, pois a formação não é algo terminal deve ser contínuo e em serviço. Para Portella (2002) a capacitação do educador nunca é adquirida por completo, uma vez que ele jamais se esgota.
Estudar o inglês hoje em dia é primordial, isso porque o inglês é a língua da globalização e já se tornou uma das ferramentas de entendimento global, sendo a língua mais importante na atual comunidade internacional, além de ter se transformado em meio de comunicação do mundo dos negócios. De acordo com DIAS (2005) Os benefícios da capacidade de comunicação em diferentes línguas estrangeiras são inestimáveis no mundo globalizado do século XXI.
Portanto, devido a importância que a Língua Inglesa tem no mundo, o ideal é que as escolas ensinem o inglês com bastante eficiência, motivando os alunos para que estes tenham uma formação que lhes dê habilidades e competências efetivas.
Assim, concorda-se com Piaget (1978), que acredita que o conhecimento não é uma cópia da realidade “Conhecer um objeto, conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma reprodução mental ou imagem do mesmo”. Para conhecer um objeto, é preciso saber usá-lo com naturalidade. É o estado pragmático que faz o uso, a modificação, a transformação desse objeto de estudo compreendendo todo esse processo operatório, que é essência do conhecimento desse objeto, a Língua Inglesa.
Julgamos ser relevante citar que a proposta do CBC (Currículo Básico Comum)2008 ancora-se em dois aspectos básicos do processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira: primeiro, a realidade na qual está inserido, ou seja, o contexto de aplicação e seu público alvo; segundo, os pressupostos teórico-prático que servem de apoio para o desenvolvimento desse processo. Esses aspectos acima citados devem servir de suporte para o professor determinar os procedimentos didáticos a serem adotados em sua prática em sala de aula.
O objetivo maior das ações pedagógicas propostas é o desenvolvimento das habilidades necessárias para que o aluno possa lidar com as situações práticas do uso da língua estrangeira, tendo em vista sua competência comunicativa, tanto na modalidade oral quanto na escrita, pautando-se pela flexibilidade nas escolhas dos procedimentos didáticos. Adota-se uma abordagem comunicativa com ênfase no desenvolvimento de habilidades para o uso da língua estrangeira em situações reais de comunicação.
Mediante a toda esta situação nos propomos investigar os resultados obtidos através de pesquisa com alunos e professores de escolas públicas do Estado de Minas Gerais.
Esse interesse em pesquisar e detectar o descaso dos alunos em relação a essa disciplina é resultante das experiências realizadas em sala de aula com alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas públicas de Minas Gerais. Quanto mais refletíamos sobre a realidade da nossa prática docente mais se acentuava a necessidade de buscar mais informações.
A definição do tema do projeto “O desinteresse dos alunos de escola pública pelo ensino da Língua Inglesa: A contribuição da Psicopedagogia para a prática do professor de línguas” justifica-se pela necessidade de identificar o motivo do desinteresse dos alunos pela Língua Inglesa, língua esta que lhe é assegurada a aprendizagem em lei. É expresso na lei de Diretrizes e Bases (1996) que a aprendizagem de uma língua estrangeira, junto com a língua materna, é um direito de todo cidadão. Embora esse seja um direito assegurado ao aluno de educação básica, a Escola Pública da Rede Estadual de Minas Gerais ainda não oferece as condições necessária para o desenvolvimento adequado das habilidades comunicativas na língua estrangeira.
Esta lacuna deixada pela escola pública e a necessidade que a própria sociedade sente de preencher a deficiência na formação do aluno em relação ao domínio de língua estrangeira, têm acarretado a proliferação de cursos particulares de idiomas que não podem ser encarados como solução, tendo em vista os preços exorbitantes das mensalidades, o que deixa uma grande parte dos alunos excluídos desse beneficio em sua formação.
É necessário que seja assegurado a todos, de forma igualitária, o acesso ao ensino /aprendizagem de uma língua estrangeira (inglês) durante a educação básica.
Entende-se que saber utilizar o inglês em um mundo globalizado é essencial, porém mesmo tendo a noção disso os alunos não se interessam pelas aulas, alegando muitas vezes que não precisam aprender o inglês porque nunca irão viajar para o exterior e fazer uso dela; outros valorizam mais outras disciplinas como física, português e matemática, colocando o inglês em terceiro plano.
Sabe-se que ao identificar o que faz com que estes alunos se desinteressem pelas aulas, de forma que se identificarmos os problemas ou causas será possível compreender e trabalhar em cima destes fatores através de intervenções pedagógicas, visando motivar o aluno a aprender uma disciplina de suma importância.
Aliás, intervindo em sala de aula, buscando soluções, estaremos formando cidadãos não só críticos, mas capacitados a socializar com pessoas do mundo inteiro.
Percebemos que mesmo os alunos mais bem preparados estão longe de saírem de escola pública em condições de competir, ainda mais sem conhecimento da língua mais utilizada no mundo inteiro. Estes alunos precisam de uma melhor e constante formação para sobreviver economicamente, utilizando as novas tecnologias de informação e comunicação que estão surgindo em uma velocidade nunca antes vista, exigindo dos nossos alunos o domínio imprescindível desta.
O objetivo é instigar alunos, pais, professores, diretores e governantes a refletir sobre a importância do ensino /aprendizagem nas escolas públicas. Bem como mostrar que no processo de ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira, o aluno deve ser motivado a construir sua visão de mundo no sentido de se colocar no lugar do “outro”, vez que entrará em contato com manifestações sociais diversas da sua. Além de fazer com que o aluno compreenda outras culturas , a Língua Estrangeira(LE) , aqui no caso a Língua Inglesa(LI) pode contribuir para o desenvolvimento humano, pois, a partir dele, também se pode obter o conhecimento do mundo e das práticas sociais.
Daí a necessidade de se discutir o ensino de línguas e sua relação de interesse com a sociedade, sob o prisma da formação educacional de cada criança, haja vista que “o acesso a outras culturas, quando não imposto, é um fecundo campo para novas idéias. A partir do estudo de determinada LE, pelo fato de o aluno entrar em contato com manifestações sociais peculiares a determinados grupos étnicos, serão maiores as suas possibilidades de desenvolvimento cognitivo, o que, segundo Vygotsky, demonstra que as ações do meio externo podem contribuir para o crescimento cultural e intelectual dos
indivíduos. Sendo assim, manifestações que os grupos sociais compartilham são essenciais à formação da criança, que são provocadoras de mudanças.
Assim, o processo de ensino-aprendizagem de LE deve ser entendido como essencial pela sociedade, pois, além do aluno internalizar seu papel e desenvolver-se psicologicamente, terá maiores condições de questionar, compreender a sua própria linguagem e desenvolver um profundo respeito pela cultura alheia que, tal como a sua própria, possui manifestações sociais específicas e é com essa visão da língua estrangeira é que focamos o nosso trabalho.
Dentre eles, o primeiro poderia ser o fato do professor de inglês estar desmotivado por não ter apoio dos colegas de trabalho, governo federal e estadual, além de não possuírem material didático básico para trabalhar com os alunos de escola pública. Sendo que a grande maioria não tem condições de adquirir os materiais necessários para o bom desenvolvimento.
Vale lembrar que o governo não distribui material didático de Língua Inglesa, o que faz com que os alunos tenham que comprar seu próprio material e muitas das vezes não são todos os estudantes que tem condições de adquirir o livro didático e um dicionário. Assim, a desmotivação do aluno acaba desmotivando alguns professores.
Outro motivo seria o material e o espaço para desenvolver aula de inglês, pois a escola pública não tem um espaço dito ideal, como: laboratórios de línguas para poder trabalhar a oralidade e compreensão com os alunos.
O terceiro motivo poderia ser o fato das turmas serem numerosas, gerando muitas vezes a indisciplina, fazendo os alunos a ficarem dispersos durante a execução da mesma.
A quarta hipótese poderia ser o fato de o aluno não aprender determinada matéria em uma série e seguir para outra série sem o conhecimento básico de determinada etapa, gerando assim uma defasagem que nas séries subseqüentes pode ser a causa da desmotivação.
A quinta hipótese poderia ser a dos alunos não terem percebido a importância do inglês na sua realidade de vida, por exemplo, utilizar sites de relacionamento ou aparelhos de informática e comunicação.
Outras idéias surgiram no decorrer da pesquisa como o fato desses jovens se sentires excluídos durante as aulas de inglês e não darem tanta importância a esta disciplina.
Outro fato poderia ser a mal didática dos docentes causadas por não terem acesso à internet e a um bom material didático disponível nas escolas públicas que atenda a diversidade cultural.
O planejamento também deve ser citado, porque a má elaboração das aulas de Língua Inglesa é outro fator de grande peso no aprendizado dos alunos.
Contamos com o auxilio e boa vontade dos professores, funcionários e alunos de duas escolas,em que se predispuseram a contribuir ao responder a questionários que busca-se identificar alguns dados dos professores e alunos como, por exemplo: sua formação, forma de avaliação que utiliza a metodologia aplicada em sala de aula e a relação professor-aluno com o processo ensino-aprendizagem, idade, sexo, renda dentre outros fatores que podem interferir na deficiência no ensino .
Após a coleta de todos os dados, o primeiro passo é organizá-los por semelhanças, entre as respostas dos professores e alunos. Em seguida a idéia é fazer gráficos para demonstrar a forma de avaliação do professor, a metodologia utilizada por eles, a relação professor-aluno em sala de aula e a importância que cada grupo dá ao ensino da disciplina de Língua Inglesa, para em seguida observar, refletir, analisar, compreender e explicar todos os dados colhidos de forma a explicar as questões levantadas em relação ao desinteresse dos alunos de escolas públicas pelo ensino de Língua Inglesa e a importância de estudar a o Inglês para garantir vaga no mercado de trabalho.
Capítulo 1- A Língua Inglesa no contexto da Educação Brasileira
Diante da trajetória do ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas no Brasil, observamos evoluções importantes como a de 1996, com publicação da Lei de Diretrizes e Bases que tornou o ensino de Línguas obrigatório a partir da 5ª série, atual 6º ano. E no Ensino Médio seria incluída uma língua estrangeira moderna, escolhida pela comunidade, e uma segunda opcional, porém, a maioria das escolas opta pelo inglês, mas não há material didático distribuído pelo Ministério da Educação (MEC), como ocorre com as outras disciplinas, nem professores bem capacitados.
Em seguida no ano de 1998, os PCNs de 5ª a 8ª séries, hoje identificados como 6º a 9º ano, listou os objetivos da disciplina. Com base no princípio da transversalidade, o documento sugere uma abordagem sociointeracionista para o ensino de Língua Estrangeira.
Em 2000, já na edição dos PCNs voltados ao Ensino Médio, a Língua Estrangeira assumiu a função de veículo de acesso ao conhecimento para levar o aluno a comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações.
E por último em 2007, foram desenvolvidas novas orientações ao Ensino Médio na publicação PCN, com sugestões de procedimentos pedagógicos adequados às transformações sociais e culturais do mundo contemporâneo. É importante salientar que esta nova versão do PCN de Língua Estrangeira incorpora as sugestões dos professores de inglês das escolas públicas do Estado de Minas gerais, que participaram do Projeto Escolas-Referência ao longo dos anos de 2004 e 2005. De acordo com o PCN (2006) o programa curricular de LE optou-se por manter fixos os cinco temas de conteúdo (compreensão escrita, produção escrita, compreensão oral, produção oral e conhecimento léxico-sistêmico), variando-se os gêneros, os tópicos e as habilidades a serem desenvolvidas.
Infelizmente, sabemos que só essas transformações não foram suficientes, pois, há limitações, como: a baixa carga horária, a falta de material didático, da precariedade das condições salariais do professor de inglês e do mercado de trabalho, além as limitações da formação específica, da falta de motivação. Conseqüentemente a falta de incentivo (profissional e financeiro) faz que os profissionais disponibilizados pela Secretaria Estadual de Educação complementem sua carga horária com a disciplina ou trabalhando em outras escolas.
Embora nosso Ministério de Educação já tenha demonstrado ter percebido o problema (veja Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Estrangeira Moderna) parece que nossa comunidade acadêmica ainda reluta em implementar as mudanças necessárias. Mas até o momento não vemos nenhuma medida das partes governamentais em modificar e investigar no ensino/aorendizagem da Língua Inglesa.
O ponto de partida é a vontade governamental. Só a partir dela, que os professores estariam mais encorajados a investir em si próprios e na sua formação profissional (de forma independente, individualizada e apropriada a cada profissional), mas faltam políticas públicas para melhorar o ensino do inglês. O MEC afirma que não há dinheiro para oferecer material didático, embora a disciplina seja valorizada pelo governo.
Os governos falam muito de inclusão digital, se os alunos estão restritos na navegação, já que há muitos textos em inglês. Por isso é necessário o aprendizado da leitura e da escrita em inglês - mais do que a chamada conversação.
É o fundamental para alunos de escolas públicas, que acabam ficando fora do processo de globalização e vão se tornando vítimas da exclusão lingüística.
Esta situação é justificada pelas ações sofridas no ensino de Língua Estrangeira no Brasil há anos atrás, marcados por muito preconceito e desvalorização da disciplina (PCNS Língua Estrangeira, 2002)... Quando o ensino de Língua Inglesa não era visto como elemento importante na formação do aluno, como um direito que lhe deve ser assegurado. Ao contrário, freqüentemente, essa disciplina não tinha lugar privilegiado no currículo, com status de simples atividade, sem caráter de promoção ou reprodução.
Dentro das escolas ainda é possível se perceber que ainda existe certo preconceito por parte dos alunos e professores de outras matérias, que muitas das vezes dizem que o aluno mal sabe ler e escrever, como vai aprender inglês?
Atualmente, a proposta encontra-se fundamentada na legislação brasileira vigente, em consonância a Lei de Diretrizes e Bases (1996), e segue os Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Estrangeira do Ensino Fundamental e Médio (BRASIL, 1998 e 1999). Hoje é obrigatória a inclusão de uma língua estrangeira no currículo a partir da 5ª série, sendo que uma segunda língua pode ser incluída como opcional. No Ensino Médio, a língua estrangeira é obrigatória no currículo. O objetivo centra-se no desenvolvimento da competência do aluno para ler, escrever, ouvir e falar o idioma estrangeiro além do desenvolvimento da competência sócio comunicativa do aluno no idioma estrangeiro articulando os conteúdos com outras disciplinas.
1.1- A importância do Ensino da Língua Inglesa (LI) nas escolas públicas
Sabemos que é essencial a presença da Língua Estrangeira na escola, pois o domínio da língua Inglesa não pode ser associado apenas como uma melhor qualificação do jovem para o mercado de trabalho, como muitas pessoas defendem. Isto significaria reduzir, subestimar, e descontextualizar o processo de ensino/aprendizagem, tão rico e complexo inerente às línguas estrangeiras. É preciso considerar a importância dos alunos que são futuros candidatos à emprego sejam fluentes em inglês já que estes são priorizados diante de uma entrevista ou admissão contratual.
Além de permitir o conhecimento (contato) das formas pelas quais diferentes sociedades se relacionam e se comunicam, também fortalece a necessidade do respeito pela cultura alheia, uma vez que a linguagem utilizada é manifestação direta desta, e pela diversidade das relações entre os seres humanos. Afinal a linguagem é usada para viabilizar a convivência.
Além disso, a aquisição de habilidades comunicativas em outras línguas representa para o aluno o acesso ao conhecimento em vários níveis como, por exemplo, nas áreas de turismo, política, artística, comercial, etc. Esse acesso vai favorecendo as relações pessoais.
O domínio do inglês permite ainda o intercâmbio científico, por proporcionar acesso tanto a bibliografia quanto ao conhecimento cientifico divulgado em grande escala nesta língua, além da utilização de redes de informações, como a internet, MPs, por exemplo, fica favorecida pela competência que o aluno já possui da língua. Sem esquecer que o estudo da língua inglesa pode ser conjugado com o de outras disciplinas, como por exemplo, história, ciências física e biológica, geografia e o da música, proporcionando assim a interação da língua em estudo com o mundo social do aluno.
Aprender uma língua estrangeira como o inglês complementa a formação do aluno enquanto ser humano, melhorando o seu processo cognitivo. Enfim, o ensino da Língua Inglesa nas escolas públicas deve ser atribuído a forma de inclusão social e interação cultural.
1.2- A Formação do Professor de Língua Inglesa
A questão da formação do professor de língua inglesa é abordada dentro de um contexto histórico e social marcado pelo acelerado desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação e pela globalização.
Atualmente existe um vasto número de professores que foram habilitados no curso de Letras (Português/inglês),desenvolveram estágio supervisionado em escolas públicas, mas somente uma pequena minoria deles participou de projetos de pesquisa durante a graduação.
A questão da licenciatura dupla em Português e Inglês, por exemplo. Com o repertório proporcionado pela Educação Básica é muito questionada, pois não há como dar conta das duas em tão pouco tempo. Além disso, hoje se proliferam faculdades que não têm corpo docente adequado nem desenvolvem pesquisa e dão cursos baseados na gramática. A maioria dos professores
A formação deficiente de professores em faculdades sem qualidade que se proliferam pelo país e a escassez de programas de Educação continuada bem organizados são apenas dois dos desafios enfrentados pelos docentes desta área. Lembrando que os professores que tem maior nível proficiência na matéria buscaram se atualizar ingressando em cursos livres de idioma para a aquisição do idioma.
Alguns professores se sentem sós e tentam levar adiante. Tentam mostrar a necessidade de ensinar e aprender uma língua universal, outros se sentem desmotivados e perdidos, devido ao desinteresse dos alunos e muitas das vezes por trabalharem em uma instituição que muitas vezes desvaloriza a disciplina. Alguns se perguntam por que estão ensinando aquilo. Eles não têm noção da capacidade de inclusão que o idioma tem.
Em sala, continua-se falando em português e isso acontece pela falta de naturalidade com o idioma. O medo de a turma não entender não é desculpa. Senão vira um círculo vicioso. É possível usar os dois idiomas pelo menos, ou traduzir na primeira vez que empregar determinados termos.
Alguns são adeptos ao método tradicional, escrevendo no quadro a gramática e o vocabulário além de preparar uma lista de palavras com a tradução. Outros são inovadores, tentam estimular os estudantes, dão exemplos de sites, trabalham música, jogos, mas mesmo assim estão longe do ideal.
Percebem-se falhas na formação; a falta de envolvimento e motivação para ensinar; a existência de crenças sobre o ensino e a aprendizagem, a falta de autonomia para buscar soluções, o pouco tempo dedicado à reflexão para avaliações e mudanças, a falta de preparo especializado para abordar problemas relacionados com a falta de motivação e violência em sala de aula, etc.
É claro que não é assim tão fácil a introdução de métodos inovadores e comunicativos em escolas ou classes aonde, já há algum tempo vem sido trabalhado métodos tradicionais, mas é preciso antes de tudo, boa vontade por parte do docente para que as mudanças possam ocorrer.
Capítulo 2- A Prática Pedagógica e o Processo de Ensino-Aprendizagem
O Processo de Ensino-Aprendizagem é um conjunto em construção de ações e estratégias que ocorre entre professor/aluno, considerando o individual ou o coletivo. Para obter o sucesso de forma interativa, prazerosa e significante, devemos contar com a gestão facilitadora e orientadora do professor, para atingir os objetivos propostos pelo plano de formação. Esse processo envolverá dificuldades e sucessos na compreensão, negociação das perspectivas diferentes dos participantes e o controle dos mesmos.
O trabalho do professor não pode ser ao acaso, tudo o que fizer deve fazer sentido. Por isso é importante ter um plano de aula, de modo que não se improvise o tempo todo, sem o crescimento consciente. Assim, a tarefa do ensino deve ser vista como um processo constante de avaliações e reavaliações guiadas por interesses e necessidades dos alunos.
O que buscamos não são métodos acertados ou infalíveis, mas sim experiências de Ensino-Aprendizagem que possam constituir um ambiente próprio para o desenvolvimento da aprendizagem da Língua. De acordo com o (PCN 2001) o método de ensinar uma Língua Estrangeira materializa principalmente na sala de aula, mas também se produz nas extensões da sala, vinculada a experiência de classe. Assim, entendemos que o método torna-se flexível, dependendo da capacidade do professor de criar, refletir, buscar inovações e fundamentos leituras, o que proporcionará melhor desempenho deste e conseqüentemente dos alunos.Porém, quando os professores deparam com os avanços da tecnologia e a oferta de informações promovidas pela internet, se sentem inseguros, despreparados, sem domínio técnico suficiente para fazer uso destes instrumentos. Muitos não conseguem nem relacionar este mundo ao processo educativo.
Compreendemos como está sendo difícil para o magistério, mudar a sua metodologia e a sua prática diante de tanto avanço tecnológico, mas é compreensível que esta mudança seja necessária e contínua. Apesar de perceber ainda uma resistência a mudança entre alguns docentes, que a nosso ver é incoerente, pois tanto a escola quanto professores precisam inovar e redefinir o percurso do planejamento.
Afinal estamos na Era da Interatividade e é preciso prover meios para trabalhar com as competências contemporâneas a partir da relação conteúdo-realidade. É preciso, pois, criar condições que permitam desenvolver no aluno suas diversas competências. A cibercultura deve ser sim, inserida e aceita em sala de aula pelos professores, pois além de promover a inclusão social, também é um excelente instrumento de ampliação das oportunidades de aprendizagem.
2.1- O Processo Ensino-jAprendizagem da Língua Inglesa em escolas públicas no Brasil
A escola pública, ao oferecer o ensino de Inglês, permite teoricamente,a todos, o acesso a essa língua. Isso é o que deveria acontecer na realidade, mas segundo Ortiz (2007, p.10)
“Na escola pública, falta tudo. O cenário é de malogro: lugar de alunos que não aprendem, de professores que não sabem a língua que ensinam de pais que não se preocupam com a educação dos filhos e de metodologias que não funcionam. Nela, o ensino de inglês é uma história de faz de conta, encenada por professores invisíveis”
Ainda hoje existe um grande número de professores que permanecem entrando em sala como se nada tivesse mudado no ensino médio, ou seja, continuam sendo “gramatiqueiros”, não querendo tomar conhecimento das mudanças ocorridas. Segundo Brisa Teixeira (Revista Profissão Mestre, maio/2007) Esses não “são” professores, eles “estão” professores. Este posicionamento é muito prejudicial para o educando que está em sala de aula procurando uma boa formação educacional, buscando se identificar com a Língua Inglesa e sentindo o quanto é importante aprendê-la. Segundo Woodward, (2000, p.10) “a construção da identidade é tanto simbólica quanto social. (...) A cultura molda a identidade ao dar sentido à experiência e ao tornar possível optar, entre as várias identidades possíveis, por um modo específico de subjetividade”
Por essa razão, o ensino de Língua Inglesa passou por uma série de transformações na sua estrutura, buscando não somente repassar um conteúdo quantitativo, mas também por privilegiar o qualitativo, que havia sido esquecido por muitos na área da educação.
As orientações curriculares para Línguas Estrangeiras têm como objetivo: retomar a reflexão sobre a função educacional do ensino de Línguas Estrangeiras no ensino médio e ressaltar a importância dessas, visando dessa maneira, ensinar um idioma estrangeiro, que contribua para a formação crítica de indivíduos.
Conforme as orientações curriculares, durante as aulas de Inglês e também das outras disciplinas, os professores devem desenvolver nos alunos a compreensão do conceito de cidadania, enfatizado durante o decorrer das aulas.
Assim, o valor educacional da aprendizagem de uma língua estrangeira vai muito além de meramente capacitar o aluno a usar uma determinada língua apenas para se comunicar. Esse ensino-aprendizagem envolve questões de inclusão/exclusão, formação de identidade, conceito de cidadania, etc.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Orientações Curriculares foram elaborados para ajudar os professores a ter uma nova visão sobre ensino/aprendizagem. A cerca de conteúdos e habilidades a serem desenvolvidas no ensino de Línguas Estrangeiras no Ensino Médio as Orientações Curriculares Nacionais (2006, p.87) afirmam que: “Este documento focaliza a leitura, a prática escrita e a comunicação oral contextualizadas”
Sendo assim, é preciso que professores pratiquem a leitura, a escrita e a comunicação oral dentro de um contexto, que faça parte do cotidiano do aluno, facilitando dessa maneira, a compreensão do conteúdo e tornando o aprendizado mais fácil e mais prazeroso.
Os PCNs são grandes colaboradores nas mudanças que tem ocorrido recentemente no ensino brasileiro, graças a ele muitos professores estão tentando rever suas metodologias, buscando seguir suas orientações em sala de aula.
Os PCNs estão ajudando os professores a pensarem em um ensino que não promova a repetição mecânica de estruturas gramaticais e sim um desenvolvimento lingüísticocomunicativo, transformando os alunos em cidadãos críticos
2.2- A Tecnologia aplicada ao Processo Ensino-Aprendizagem da Língua Inglesa
A vida digital é uma realidade incontestável e irreversível. O cotidiano de um número cada vez maior de pessoas está contido em cada vez mais lugares e hoje se move num emaranhado frenético de informações binárias, desde as transações bancárias ao monitoramento dos filhos através do aparelho celular, tudo está traduzido em informação que circula pelas conexões infinitas de uma sociedade organicamente conectada pelas vias de uma comunicação veloz e em expansão.
Os alunos de Ensino Fundamental e Médio estão expostos diariamente a um grande número de imagens e informações provenientes de diferentes multimeios em suas próprias casas como: computadores, televisão, DVD, videogame e internet. Muitos dos nossos alunos já estão inseridos a ao ciberespaço; eles fazem downloads de filmes e músicas. Conversam com amigos nas salas de bate papo on line ou no MSN, enviam e recém e-mails, montam seus álbuns de fotografias (fotoblogs) e criam suas próprias homepages. A lan house já é sinônimo de acesso à internet, não apenas para pessoas que não possuem computador ou banda larga em casa, como para quem está na rua e precisa de acesso rápido para mandar e-mail ou consultar um conteúdo específico.
É tempo de muitas mudanças, a começar pelas crianças e jovens que encontramos na escola atual, pois elas nasceram já em convivência com tecnologias que nós, adultos, passamos a conviver, apenas, a partir de determinado momento de nossas vidas. Portanto, é natural que a relação de nossos alunos com as tecnologias seja mais íntima e diferenciada que a nossa.
Para educação surge um modelo que veio confrontar a forma do conhecimento, de comunicação e de construção das relações humanas. Para a sociedade uma forte transformação cultural, que mudou tudo de lugar: Saberes, poderes, técnicas, éticas e autoridades. Mas o certo é que sejam lá quais for às conseqüências dessas mudanças na forma de sentir, de perceber o mundo e de construir o conhecimento e a cultura, o fato é que a educação e os educadores “donos do saber”, tal como os conhecíamos antes, pouco a pouco vão desaparecendo, substituídos por novidades e algumas já com virtudes digitais.
Todos os docentes hoje têm a percepção de que a tecnologia, entendida como recurso, poderia ser utilizada para promover a formação de cidadãos críticos e auxiliar no processo ensino-aprendizagem O desafio dos professores de Língua Inglesa é aliar os multimeios como ferramenta indispensável, oferecendo aulas dinâmicas, e contribuindo para o processo ensino-aprendizagem.
Qualquer criança ou adolescente está exposta a um mundo dinâmico fora da escola. Essa exposição sistemática é responsável pela modificação dos processos mentais. Portanto, a nosso ver deve ser extremamente cansativo e desmotivante para estes jovens ficar cinco horas em sala de aula, estudando somente através de livros didáticos, quadro, giz e explicação de matéria sem incremento algum.
Considerando tais fatos é que os professores deveriam rever a própria prática pedagógica e inserir instrumentos como o celular, o computador, os MPs,como instrumentos facilitadores de uma aprendizagem efetiva e prazerosa.Por isso o acesso a uma grande variedade de materiais autênticos e atuais para a situação de ensino em qualquer uma das áreas de conhecimento pode ser vista como forma de engrandecer todo o processo.Ouvir uma emissora internacional, assistir a trailers de filmes, ler jornais e revistas em quadrinhos, ter acesso a letras de música , participar de projetos on line são atividades que podem se tornar comuns no processo de ensino aprendizagem da língua estrangeira, caso as escolas tenham equipamentos para isto.
Capítulo 3 – A Prática Pedagógica e Processo de Ensino-Aprendizagem: um estudo de caso
Neste trabalho investigamos as condições de ensino da Língua Inglesa na escola pública, no interior de Minas Gerais no ano de 2009, a partir de percepções e visões colhidas através de pesquisa entre professores e alunos de duas escolas como a Escola Estadual Santa Maria, no município de Santa Maria de Itabira-MG e a Escola Estadual Professor Alcides Fernandes de Assunção no município de Ferros-MG. Além disso, serão entrevistados também os professores de Língua Inglesa destas escolas.
Através dos dados obtidos pudemos perceber o grau de interesse dos alunos pelo ensino/aprendizagem da língua inglesa e o nível de motivação que os professores e alunos têm em relação a esta disciplina. Além de percebermos as reais necessidades dos profissionais destas escolas publicas.
Notamos algumas semelhanças entre as duas escolas quanto ao ensino-aprendizagem e a prática pedagógica. Um ponto em comum é referente às competências lingüísticas dos alunos que também são bem semelhantes. Este é um dos motivos pelo qual nos levou a vários questionamentos e conseqüentemente ao trabalho que desenvolvemos.
Através dos dados obtidos através da pesquisa podemos traçar de forma mais exata o perfil do professor de Língua Inglesa destas escolas, e por amostragem é possível identificar que este perfil não é muito diferente dos demais docentes desta disciplina em outras escolas do Brasil.
Dos 10 (dez) professores entrevistados nenhum é concursado ou nomeada através de concurso público, 7(sete) são efetivados pela lei n,º: _________ e os outros 3 (três) são contratados temporariamente pela rede estadual.Nota-se que a maioria é do sexo feminino e possuem graduação em Letras , com habilitação em Língua Inglesa e Língua Portuguesa, sendo que 99% (noventa e nove por cento) se formaram em faculdades particulares e recebem menos que R$ 1.500,00 e 3% (três por cento) recebem menos que R$950,00.Muitos trabalham em dois ou três cargos.
Baseando nestes dados podemos afirmar que todos esses fatos podem sim agravar a situação ou ter uma parcela de importância no agravamento no Processo Ensino-Aprendizagem em sala de aula. Isso se dá ao fato dos professores terem uma jornada semanal igual ou maior que 40 horas, o que nos permite assimilar que a dupla jornada faz com que o educador tenha menos tempo para se preparar e também para preparar as aulas.
Outro fato que devemos levar em consideração é o desenvolvimento profissional só 1% destes profissionais têm um curso de inglês ou aperfeiçoamento, se esquecer que nenhum deles têm especialização nesta área de ensino. Dentre os interrogados ou estão cursando uma pós ou já concluíram, porém em área como a psicopedagogia, orientação, supervisão escolar ou outras.
Quanto aos alunos foram entrevistados 254 alunos do Ensino Médio somadas as duas escolas pesquisadas e identificamos que a maioria tem entre 16 a 20 anos e não tem filhos, são solteiros e nunca pararam de estudar.Possuem a disciplina de Língua Estrangeira no currículo de período igual ou maior que 7 anos.
Podemos perceber a cultura escolar do ensino-aprendizagem da Língua Inglesa através destes membros da comunidade escolar e também verificamos como eles atribuem a importância de se aprender inglês;o status da disciplina, as condições reais do ensino-aprendizagem do inglês; as condições ideais para que tal processo ocorresse de forma efetiva.
Através do questionário feito aos alunos e professores e com uma abordagem etnográfica , utilizado vários métodos conseguimos coletar os dados que são relevantes e observamos todo o ambiente escolar, o que possibilitou uma ampla visão sobre a sala de aula de língua inglesa . Além de termos ouvido diretores, auxiliares, coordenadores e supervisores pedagógicos a fim de caracterizar o processo de aprendizagem do inglês nestas escolas e darmos continuidade ao nosso trabalho.
3.1- Caracterizações da Pesquisa de Campo sobre o Ensino da Língua Inglesa
O bom desenvolvimento deste trabalho se deu a organização e ao planejamento deste de forma organizada e sensata em três fases essenciais para a realização do mesmo.
A primeira fase do projeto foi estruturada em diversas etapas de trabalho, assim caracterizadas:
-Estudo e caracterização da falta de interesse dos alunos de escola pública pelo ensino da Língua Inglesa
-Pesquisa sobre o ensino e a história da Língua Inglesa no Brasil
-Diagnóstico dos docentes e discentes
-Pesquisa de campo
-Análise e organização das informações
-Análise das causas que levam os alunos ao desinteresse
-Proposta de estímulo e incentivo de ensino-aprendizagem segundo a Psicopedagogia.
Para que se buscasse uma melhor caracterização do domínio das competências e habilidades dos alunos que encerram o ensino médio em escolas públicas, principalmente as duas em que foram focadas as perguntas, foi realizada ampla pesquisa exploratória a fim de desenhar as características do ensino-aprendizagem da língua inglesa nas escolas públicas brasileiras. O desenvolvimento deste estudo foi feito utilizando diversas fontes secundárias, tais como reportagens em revistas e sites de órgãos oficiais do governo.
Neste estudo, procurou-se caracterizar os aspectos sociais, ambientais e econômicos, e de infra-estrutura existente nas escolas públicas brasileiras. Também se buscou identificar as questões quanto à formação dos docentes em duas licenciaturas, e a continuação dos estudos envolvendo condições financeiras dos mesmos; o uso das tecnologias de informação no processo de ensino em sala de aula além de identificar o perfil dos alunos e opiniões dos mesmos sobre o tema abordado.
3.2- Análises dos Resultados da Pesquisa de Campo
Após traçar o perfil dos alunos de rede pública estadual baseando em dados por amostragens coletadas em 2009. Podemos concluir que 167 são do sexo feminino e tem idade entre 16 a 20 anos, sendo que só 3% são casados e os 97 % são solteiros e os mesmos não tem filhos e nunca pararam de estudar, 1% dos alunos estudam inglês a 4 anos e 99% estudam inglês a mais de 5 anos.
Constatamos que 190 dos alunos consideram uma necessidade estudar inglês, 4 alunos disseram que estudam inglês por diversão e 6 alunos estudam por imposição do currículo.Então percebe-se que a maioria tem a noção da real importância de dominar o inglês atualmente.
Dos alunos entrevistados, 92 consideram as aulas de Língua Inglesa chatas e monótonas;72 disseram que as aulas são legais e interessantes e 56 alunos responderam que as aulas são até boas.Quando foram questionados sobre o que falta nas aulas, 68 alunos afirmaram que falta é o livro didático, pois nem todos tem condições de adquirir o material que não é fornecido pelo estado.Já 45 alunos afirmaram que falta dinâmica e outros 95 se dividiram entre a falta de criatividade do professor, a falta de atenção dos alunos e professores bem capacitados.
Dos entrevistados 171 responderam que o material mais utilizado é o livro didático e 29 alunos afirmaram que também usufruem do micro system, revistas, jornais, TV/DVD e cartazes.
No que se refere ao motivo que tira a atenção dos alunos durante as aulas de inglês, 157 alunos responderam que o principal motivo é a conversa dos colegas; 29 disseram que o toque do celular também interfere na concentração dos mesmos e 17 alegaram estarem dispersos por terem motivos pessoais. Acrescentaram ainda que as salas lotadas também é um dos fatores agravante que também gera desatenção, pois 184 reclamaram que estudam em salas sem ventilação e apertadas afinal estas acomodam de 31 a 45 alunos.
Esta resposta também foi citada quando foram interrogados sobre o motivo que leva o aluno a não se interessar em estudar inglês na escola; 135 alunos responderam que a superlotação é o primeiro motivo, seguido pela falta de afetividade entre professor-aluno, isso de acordo com 47 alunos e somente 18 alunos responderam que o livro didático utilizado é defasado e não é interessante.
Ao observarmos a questão sobre a relação professor-aluno percebemos que obtivemos respostas diversificadas, pois 45 alunos disseram que a imagem que eles têm do professor de inglês e que ele é inteligente e criativo; 26 alunos afirmaram que vem no professor um amigo, companheiro e capaz de ouvi-los; 38 responderam que consideram seu professor de inglês mal-educado, grosso e não sabe ouvi os mesmos, 25 vêm o professor como o profissional estudioso e comprometido e 19 alunos responderam que seu professor de inglês é chato e sem graça.
Para estes alunos do ensino médio o que mais desmotiva os mesmos é a dificuldade de entender a matéria, pois 105 afirmaram estarem desmotivados por esse motivo, 53 alunos disseram que o cansaço depois de um dia de trabalho também contribui para que isto aconteça; 26 firmaram que não tem afinidade com o professor e por isso se desinteressaram pela matéria; 16 alunos responderam que são desinteressados porque não gostam da matéria.
Ao analisar as questões sobre a desvalorização da disciplina percebemos que 194 dos alunos não desmerecem a disciplina de língua inglesa, pelo contrário dão o mesmo valor a ele como dão a outras matérias como física, química ou português; só 20 alunos não dão tanta importância a essa matéria.
Prova disto seria que 154 dos alunos responderam que é necessário estudar inglês e quando questionados se já fizeram ou fazem cursinho de inglês esse número cai para 20 alunos, porém 180 alunos dizem terem interesse em dominar a língua inglesa, pois precisam para utilizar internet, obter um bom emprego, assistir filmes e ouvir músicas.
Sabe-se que grande parte dos alunos tem grandes defasagens na aquisição das habilidades da Língua Inglesa, prova disso é que ao chegarem no Ensino Médio, os professores de Inglês tem que, muita das vezes rever outras habilidades que eram esperadas serem adquiridas no Ensino Fundamental .E concordamos com a teoria do conhecimento de Piaget, que explica que os conhecimentos avançam, do menos para o mais elaborado.
Além, dessa situação um tanto marginalizada dentro do currículo, a disciplina enfrenta alguns desafios dentro das instituições públicas: carga horária reduzida, falta de livro didático, indisponibilidade de impressora, Xerox, recorrendo-se então ao lendário uso de mimeografo, salas de aulas lotadas, sem espaço para a prática de todas as habilidades lingüísticas como reading, writing, listening e speaking.
Rojo (2004) escreve sobre a capacidade de ler para a cidadania; nesse sentido ressalta que se não lemos, não escrevemos bem. Assim se os alunos não têm competências e habilidades suficientes para ler um texto em inglês, eles tão pouco terão condições de identificar os diferentes tipos de gêneros textuais e conseqüentemente redigir um texto em outra língua. Ao falar de gênero como objeto de ensino e, segundo Rojo (2002), não meramente os textos ou tipos de texto, fala-se de constituir um sujeito capaz de atividades de linguagem que envolvem tanto capacidades lingüísticas ou lingüístico-discursivas, como capacidades propriamente discursivas, relacionadas à apreciação valorativa da situação comunicativa. Segundo a autora, é um outro modo de se produzir e de se compreender e ler textos em sala de aula.
Documentos oficiais de ensino já contemplam propostas de práticas de ensino em língua a partir dos gêneros discursivos, numa visão de ensino mais voltada às práticas sociais de uso da língua e, portanto, já pretendendo desenvolver o nível de leitura/ letramento. O que parece insipiente, porém, é a transposição didática (ROJO, 2000). A ausência do gênero na sala de aula é também um problema. O professor, sem formação adequada e informação suficiente, não apresenta um nível de leitura que lhe possibilite ampla compreensão do documento oficial de ensino. Por conseguinte, acontece uma repetição no trabalho com o ensino de língua na sala de aula: ainda é somente o gênero escolarizado de escrita e leitura que se ensina e se aprende. Há uma distância entre o que dizem estes documentos e a prática efetiva do professor.
De acordo com Jorge (2000, p.90) a Língua Inglesa faz parte do currículo do Ensino Fundamental e Médio como um saber importante para o exercício pleno da cidadania do educando, pois ele vive em um mundo globalizado e precisa ter acesso ás informações que necessita para usar uma língua que não é a dele.
De acordo com Weisz (1999) a psicogênese abriu a possibilidade de o professor olhar para a criança e acreditar que para ele pensar que tem lógica, ela precisa enxergar, se não enxergar é porque não tem instrumentos suficientes para perceber o sentido que está posto ali.Então, surge a questão: Será que os professor percebe que este aluno precisa enxergar para pensar? Será que os instrumentos usados pelos professores são suficientes para aguçar os sentidos do que está sendo exposto ali?Os governos federais ou estaduais contribuem com algum instrumento de incentivo?
Uma questão importante em todas as etapas da escola é quando o aluno não aprende o que também, gera desinteresse. Mas como detectar uma causa que justificaria esse fato do aluno não aprender? Seria uma dificuldade de aprendizagem ou dificuldade de ensinagem? Weisz (1999).
O ideal é fazer o conhecimento do aluno avançar, assim equivoca-se quem pensa que o aluno poderá receber qualquer ensinamento.de acordo com Weiz(1999):
“O professor é que precisa compreender o caminho de aprendizagem que o aluno está percorrendo naquele momento e, que e em função disso, identificar as informações e as atividades que permitam a ele avançar do patamar de conhecimento que já conquistou para outro ainda mais evoluído. Ou seja, não é processo de aprendizagem que deve ser adaptar ao de ensino, mas o processo de ensino é que tem que se adaptar ao de aprendizagem. Ou melhor: o processo de ensino deve dialogar como o de aprendizagem.”(pág.65)
Portanto, cabe ao professor além de conquistar a autoridade com o saber e o respeito ao aluno, construir um ambiente cooperativo agindo na hora certa, mantendo a calma incentivando e respeitando a autonomia do aluno. Assim ele deve repensar a sua prática pedagógica sempre formulando e reformulando as situações para facilitar a aprendizagem.
“Elas consistem em atividades planejadas, propostas e dirigidas com a intenção de favorecer a ação do aprendiz sobre um determinado objeto de conhecimento e, essa ação está na origem de toda e qualquer aprendizagem. Não basta, no entanto, que sejam planejadas, propostas e dirigidas para constituírem automaticamente boas. Para terem valor pedagógico, serem boas situações de aprendizagem, as atividades propostas devem reunir algumas condições como respeitar o conhecimento prévio do aluno.(Weisz pág.65/67)
Assim, o docente tem como atender os alunos que são da zona rural e tem menos acesso as tecnologias de informações diminuindo a exclusão lingüística. E para que os alunos realmente construam um conhecimento exige-se que o professor saiba incentivá-los a acionarem os conhecimentos e experiência anteriores fazendo uso deles nas atividades escolares.
CONCLUSÃO
A princípio estas considerações finais argumentando sobre a escolha do tipo pesquisa desenvolvida no cenário de investigação. A opção pelo estudo de cunho etnográfico, dentro de uma abordagem qualitativa interpretativa, deveu-se a um interesse especial das pesquisadoras pela ação das pessoas e pelo porquê de suas ações, somado as constatações, pela experiência de professora e de uma realidade de escola pública no estado de Minas Gerais.
Este estudo procurou sutilmente mostrar uma realidade sem retoques (porém selecionada), seja na fala contundente e reveladora de alunos que se mostram cientes da atual precariedade da situação,seja no tom emocionado de tristeza e de frustração de professores que, acuados, aceitam a realidade, seja no discurso daqueles que administram a escola como um todo.
Longe, entretanto de apresentar soluções milagrosas, este trabalho pretende ser um diagnóstico inicial que possibilite intervenções pedagógicas permitindo assim um olhar mais atento para a prática docente de língua inglesa. Portanto, ao mergulhar na realidade dos alunos, tentou-se vislumbrar as duas realidades fundamentais deste estudo: a) qual seria o principal motivo do desinteresse dos alunos? e b) como alguns fatores internos e externos podem interferir na desmotivação dos mesmos?.Através de uma observação direta dos eventos, das entrevistas, questionários, conversas informais foi-se trançando o perfil dos alunos, dos professores e em seguida das principais causas de desmotivação dos mesmos. Sem dúvidas, essas ações foram de suma importância, pois refletem as ações pedagógicas, a forma que se da relação professores-alunos, deles com o professor e deles entre si na apreensão de conhecimento, tendo como pano de fundo a realidade da escola que denota em si a política educacional subjacente.
Depois de algumas reflexões, percebemos que uma grande maioria dos alunos das escolas públicas tem estudado, ano após ano, durante a formação de estudante no Ensino Fundamental e Médio, muita gramática e tradução, fato no qual não tem garantido o ideal à apropriação da língua Inglesa.
Portanto, os alunos terminam uma trajetória de 7 (sete) anos desperdiçados, sendo que estes são os anos mais férteis para a aquisição de uma segunda língua. Piaget (1978) diz que no estágio operatório formal ou lógico-formal (12 anos em diante é a fase em que a criança já é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente, buscando a partir da hipótese e não apenas pela observação da realidade, sendo capaz de aplicar o raciocínio lógico nos problemas, facilitando assim a aquisição de conhecimento.
Vale lembrar a questão da afetividade entre professor-aluno que deve ser sempre reconstruída. A intenção é que o professor se oriente e possa conhecer algumas teorias como a de Wallon, (1986) que diz que a afetividade na relação professor-aluno é de grande importância. O teórico diz que as emoções têm papel essencial no desenvolvimento da pessoa, porém é importante não confundir afeto com falta de cobrança. Ou também Lev Vygotsky (1998), em sua abordagem sociointeracionista, que entende e apresenta o homem em relação ao conhecimento, como o indivíduo que se desenvolve a partir do meio físico e socialmente, ou seja, o professor é visto como mediador privilegiado que tem alunos com história social diferentes e que se deve dar liberdade de ação, abrindo espaço para a fala e processos individuais e grupais, sempre levando em consideração o conhecimento anterior do aluno.
Nota-se que os docentes precisam tornar as aulas de inglês mais dinâmicas e estimulantes, sem ficar presos no livro didático, utilizando o computador com uma ferramenta de inovação e incentivo. Também se deve planejar e organizar as aulas por ano, período e semana adequando às aulas a realidade dos alunos usufruindo de filmes, músicas e cartazes. Confirmando o que diz Maria Montessori (1965) que defende o uso de materiais pedagógicos específicos para estimular o aluno à interação de forças corporais e espirituais: o corpo, a inteligência e a vontade do aluno, buscando uma pedagogia livre de repressões e plena de diálogo e reflexão sobre a autoconstrução do aluno.
Portanto, para descobrir e compreender os fatores que levam os alunos a se desinteressarem pelas aulas de inglês levaremos em consideração a afetividade, a vida sócio-histórico-cultural do aluno, o conhecimento prévio, o material didático utilizado pelo professor de inglês em sala de aula. Isso sem esquecer que o professor de inglês de aderir uma formação continuada, pois a formação não é algo terminal deve ser contínuo e em serviço. Para Portella (2002) a capacitação do educador nunca é adquirida por completo, uma vez que ele jamais se esgota.
Concluímos que há a necessidade de repensar a prática de ensino da Língua Inglesa, colocando em prática as teorias aprendidas durante as aulas de metodologia de ensino. A pesquisa revelou que os alunos apreciam a língua estrangeira apesar da dificuldade para aprendê-la, preferem trabalhar em grupo, pois acham que facilita o aprendizado. A falta de materiais didáticos como livros, dicionários e também o tempo das aulas, que é de apenas uma hora por semana, são alguns empecilhos para um ensino de qualidade. Mas um professor qualificado que busque alternativas para possibilitar aulas mais interessantes e atrativas pode mudar essa realidade. O professor deve mostrar aos estudantes a importância em se aprender a Língua Inglesa, visto que a sua necessidade na comunicação mundial é muito grande.
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http://webquest.sdsu.edu
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/AIRR7DHHTA/1/juliana_estevesarantes_diss.pdf
Anexos
APÊNDICE 1
A- Questionário para identificar o perfil do aluno e alguns motivos que podem levá-lo a desinteressar pelas aulas de Língua Inglesa:
01- Idade
( ) 10 a 13
( ) 14 a 15
( ) 16 a 20
( )21 a 30
( )31 a 40
02-Sexo
( ) masculino
( ) feminino
03-Estado cível
( ) solteiro(a)
( ) casado (a)
( ) namorando
( ) união estável
( ) separado(a)
04-Tem filhos
( ) sim .Quantos?__________
( ) não
05-Escolaridade
( ) Ensino fundamental 5ª a 6ª série
( ) Ensino fundamental 7ª a 8ª série
( ) 1° Ano do Ensino Médio
( ) 2° Ano do Ensino Médio
( ) 3° Ano do Ensino Médio
06- Ficou algum período sem estudar?
( ) sim . Quanto tempo?_____________
( ) não
07- Tempo que estuda a Língua Inglesa em escola pública:
( ) 4 anos
( ) 5 anos
( ) 6 anos
( ) 7 anos
( ) 8 anos
( ) 9 anos
08-Estudar inglês para você é:
( ) imposição
( ) necessidade
( ) diversão
09- As aulas de inglês são:
( ) chatas e monótonas
( ) voas ( dá pra levar)
( ) legais e interessantes
10- O que falta nas aulas de inglês:
( ) dinâmica
( ) criatividade
( ) livro didático
( ) atenção dos alunos
( ) professor capacitado
( ) dicionário
11- Durante as aulas de inglês, você e seus colegas usufruem:
( ) TV-DVD
( ) livro didático
( ) micro system
( ) revistas, jornais, etc.
( ) cartazes
12- O que mais tira a sua atenção durante as aulas de inglês:
( ) conversa com os colegas
( ) celular
( )conversa dos colegas
( ) motivos pessoais ou externos. Cite: ____________________________
13-Sua sala de aula tem:
( ) 20 a 25 alunos
( ) 26 a 30 alunos
( ) 31a 40 alunos
( ) 41 a 50 alunos
14- Você acha que para facilitar a aprendizagem nas aulas de inglês o ideal é que as salas tivessem?
( ) 15 a 25 alunos
( ) 26 a 35 alunos
( ) 36 a 40 alunos
15-O que leva o aluno a não se interessar a estudar a Língua Inglesa?
( ) o professor
( ) o livro didático
( ) salas lotadas
( ) outros. Cite:
16- Se você tem dois trabalhos para ser entregues no mesmo dia, um de inglês outro de física, a qual você faria?
( ) Somente o de inglês
( ) Somente o de física
( )O de física e de inglês
17- A imagem que você tem do seu professor de inglês:
( ) chato e sem graça
( ) inteligente e criativo
( ) amigo, companheiro, capaz de ouvir
( ) aberto as mudanças
( ) Profissional estudioso e comprometido
( ) mau educado, grosso, não sabe ouvir
18- O que você faz em casa com freqüência que utiliza o inglês?
( ) assiti filmes
( ) ouço musicas
( ) ler livros e revistas
( ) uso internet(MSN, Orkut, etc.)
( )outros.Quais?_______________________
19. O que te desmotiva a participar ativamente das aulas de inglês?
( ) o cansaço
( ) não entender a matéria
( ) vergonha
( ) o professor
( ) não gostar da disciplina
( ) outro(s).Qual(s)?______________________________
20-Você acha necessário estudar inglês?
( ) Sim
( ) Não.
Porque?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
21- Porque você acha importante estudar inglês?
1.
2.
3.
4.
5.
22- Enumere, sinteticamente, as principais contribuições das aulas de inglês para a sua vida:
1.
2.
3.
4.
5.
23- Enumere, sinteticamente, os principais “pontos negativos” que você viu no desenvolvimento das aulas de Língua Inglesa.
1.
2.
3.
4.
5.
24- Você já fez ou faz um cursinho de inglês?
( ) Sim. Onde?___________________________________
( ) Não
APÊNDICE 2
B-Questionário para identificar o perfil do professor de inglês e motivos que podem levá-lo junto com o aluno a se desinteressar pelas aulas.
01-Idade
( ) 19 anos
( ) 20 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( )41 a 50 anos
( )50 a 60 anos
02-Sexo
( ) masculino
( ) feminino
03-Estado cível
( ) solteiro(a)
( ) casado (a)
( ) namorando
( ) união estável
( ) separado(a)
04-Tem filhos
( ) sim .Quantos?__________
( ) não
05- Escolaridade
( ) médio
( ) superior
( ) pós-graduação. Em que?___________________
( ) outro
06- Ficou algum período sem estudar?
( ) sim
( ) Não
07- Tempo de experiência no magistério:
( ) 1 ano
( ) 2 anos
( ) 3 anos
( ) de 3 a 5 anos
( ) de 6 a 8 anos
( ) de 9 a 12 anos
( ) de 16 a 20 anos
( ) de 21 a 25 anos
( ) mais de 26
08- Tempo de experiência no magistério na Língua Inglesa:
( ) 1 ano
( ) 2 anos
( ) 3 anos
( ) de 3 a 5 anos
( ) de 6 a 8 anos
( ) de 9 a 12 anos
( ) de 16 a 20 anos
( ) de 21 a 25 anos
( ) mais de 26
09- Tempo de experiência no magistério na Língua Inglesa no Ensino Fundamental:
( ) 1 ano
( ) 2 anos
( ) 3 anos
( ) de 3 a 5 anos
( ) de 6 a 8 anos
( ) de 9 a 12 anos
( ) de 16 a 20 anos
( ) de 21 a 25 anos
( ) mais de 26
10- Tempo de experiência no magistério na Língua Inglesa no Ensino Médio:
( ) 1 ano
( ) 2 anos
( ) 3 anos
( ) de 3 a 5 anos
( ) de 6 a 8 anos
( ) de 9 a 12 anos
( ) de 16 a 20 anos
( ) de 21 a 25 anos
( ) mais de 26
11- Tem outra profissão que não o magistério?
( ) Sim. Qual?__________________________
( ) Não
12-Renda familiar (mensal)
( ) R$950,00
( ) 960,00 a 1.450,00
( ) 1.460,00 a 2.000,00
( ) 2.000,00 a 2.500,00
( ) 2.600,00 a 3.000,00
( ) mais de 3.000,00
13-Qual a imagem que você imagina que seus alunos têm de você?
( ) amigo, aberto ao diálogo, educado, severo
( ) grosso, mau educado
( ) fechado, não escuta os alunos, sério
( ) aberto ao diálogo, educado, permissivo
14-Possui algum curso de Língua Inglesa além da Graduação?
( ) Sim. Qual?________________________
( ) Não
15-Quais aparelhos que você utiliza nas aulas de inglês?
( ) TV-dvd
( ) micro system
( ) retroprojetor
( ) data show
16- Qual material você mais utiliza nas aulas de Língua Inglesa?
( ) livro didático
( ) folha mimeografada
( ) xerox
17- Como é sua interação professor-aluno?
( ) distante
( ) próximo
( ) intermediário
18- Se você fosse procurado por um aluno(a) que tinha que entregar um trabalho com data marcada e justificando não tê-lo entregue no prazo por motivo de ter que elaborar e entregar um outro trabalho de outra disciplina(matemática, física, português) Você daria outra chance a este aluno para entregar o trabalho?
( ) Sim
( ) Não
19-Como você percebe o ensino de Língua inglesa na sua escola:
( ) valorizado
( ) pouco valorizado
( ) não valorizado
( ) muito valorizado
20- Existe interdisciplinaridade entre a Língua Inglesa e outras matérias?
( ) Sim
( ) Nã0
21-O que mais te desmotiva a lecionar a Língua inglesa?
( ) falta de material didático
( )salas superlotadas
( ) desinteresse dos alunos
( ) apoio da escola
22-Como você vê a postura dos governantes em relação ao ensino da Língua Inglesa na escola pública?
( ) valoriza o ensino da Língua Inglesa
( ) valoriza mais as outras disciplinas do que a Língua Inglesa
( ) não valoriza o ensino de Língua Inglesa
( ) nenhuma das opções
23-Qual a imagem você tem de você mesmo como profissional?
( ) professor comprometido e organizado
( ) professor desorganizado e descomprometido
( ) professor cansado e desmotivado
( ) professor entusiasmado e dedicado
24- O que você faz para tornar suas aulas interessantes?
( ) música
( ) conversa informal
( ) jogos
( )dinâmicas
( ) leitura e tradução
25- Enumere sinteticamente os principais fatores que em sua opinião desmotivam os alunos a participarem das aulas de Língua Inglesa:
1.
2.
3.
4.
5.
26- Enumere sinteticamente o que falta na escola pública para que as aulas de inglês possam realmente fazer com que o aluno aprenda:
1.
2.
3.
4.
5.
27- Enumere sinteticamente os “ pontos negativos” do ensino da Língua Inglesa na escola pública
1.
2.
3.
4.
5.
28- O que falta nas aulas de inglês:
( ) dinâmica
( ) criatividade
( ) livro didático
( ) atenção dos alunos
( ) professor capacitado
( ) dicionário
29- O que mais tira a atenção dos alunos durante as aulas de inglês:
( ) conversa com os colegas
( ) celular
( )conversa dos colegas
( ) motivos pessoais ou externos. Cite: ____________________________
30- O que mais tira a sua atenção quando você está lecionando inglês:
( ) conversa dos alunos
( ) celular
( )ruídos exteriores
( ) motivos pessoais ou externos. Cite: ____________________________
Um comentário:
Bom dia!
Estou desenvolvendo um artigo sobre a abordagem comunicativa, e preciso do embasamento teórico citado no seu trabalho. No entando preciso do arquivo em pdf para fazer a devida citação.
Se possível, por favor, evie para o meu e-mail: dan_davi@msn.com
Obrigado pela atenção,
Daniel David, graduando de Letras-Inglês da Universidade Tiradentes
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