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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os professores sofrem com a Síndrome de Bornout


Me assustei ao ler uma pesquisa realizada pela UnB avaliou 8 mil docentes. em que diz que 15% dos professores sofrem de esgotamento emocional, ou seja são portadores da Síndrome de Bornout. A doença é chamada de Síndrome de Burnout e causa distanciamento dos alunos.

A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).

Assista:
"http://www.youtube.com/watch?v=THodmREGhT0&feature=player_embedded"
 
O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.

Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).


A burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração, autoconfiança e humor.

Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em uma outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:


* Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
* Atitude e comportamento dos administradores;
* Avaliação dos administradores e supervisores;
* Atitude e comportamento de outros professores e profissionais;
* Carga de trabalho excessiva;
* Oportunidades de carreira pouco interessantes;
* Baixo status da profissão de professor;
* Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;
* Alunos barulhentos;
* Lidar com os pais.

Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa, como:

* Sentimento de exaustão;
* Sentimento de frustração;
* Sentimento de incapacidade;
* Carregar o estresse para casa;
* Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
* Irritabilidade.

As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são:

* Realizar atividades de relaxamento;
* Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;
* Manter uma dieta balanceada e fazer exercícios;
* Discutir os problemas com colegas de profissão;
* Tirar o dia de folga;
* Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.

Quando perguntados sobre o que poderia ser feito para ajudar a diminuir o estresse, as estratégias mais mencionadas foram:

* Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;
* Prover os professores com cursos e workshops;
* Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;
* Dar mais assistência;
* Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de programa para o curso;
* Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a comunicação com a escola.

Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse profissional, fazendo com que o profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito esmero.

Estágios

São doze os estágios de Burnout:

* Necessidade de se afirmar
* Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
* Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
* Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
* Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
* Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
* Recolhimento;
* Mudanças evidentes de comportamento;
* Despersonalização;
* Vazio interior;
* Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;



* E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.

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