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quarta-feira, 21 de abril de 2010


Você já ouviu falar em Síndrome de Irlen (SI) ou Síndrome de Sensibilidade Escotópica (SSE)?



"O mapa conceitual sobre Síndrome de Irlen foi elaborado pela Dra. Lucília Panisset Travassos e está aqui publicado, com permissão da mesma, conforme se encontra  em sua tese de doutorado, assim registrada: TRAVASSOS, L. P. Mapas Conceituais como Geradores de Ontologia de Domínio. Case: Portal sobre Síndrome de Irlen. 2011. 210p. Tese de Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Área de Concentração: Mídia e Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis – SC, 2011."

A visão é responsável por 85% de tudo que percebemos no mundo. Aprender novas habilidades está intrinsecamente ligado a forma como vemos, percebemos e codificamos os estímulos que chegam aos nossos olhos. Uma vez que estes estímulos apresentam algumas distorções, passamos a operar com dificuldade e desconforto.

É um tipo específico de distúrbio do processamento perceptual, sendo apenas uma peça do quebra - cabeças, uma entre as várias dificuldades que algumas pessoas sentem, entre elas a Dislexia.

A Síndrome de Irlen é uma distorção na percepção visual. Foi descoberta por Helen Irlen em 1987 nos EUA. No Brasil tem sido difundida pela Fundação Hospital dos Olhos Doutor Ricardo Guimarães(Belo Horizonte) que contam com profissionais da área da educação e da saúde.

Um tipo específico de distúrbio do processamento perceptual, que é chamado Síndrome de Sensibilidade Escotópica (SEE), Sídrome de Irlen ou Dislexia de Leitura.

Embora seja uma síndrome pouco conhecida no Brasil, a incidência é grande, em cem pessoas, quatorze apresentam distorções ou/e desconforto na leitura.

A Dislexia de Leitura afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média .

A síndrome começa a ser percebida principalmente quando a criança entra na idade escolar e mostra algum comprometimento no seu processo de aquisição da leitura e da escrita.

E muitas não têm consciência das suas dificuldades e se consideram desajeitadas e incoordenadas sem se dar conta que estes problemas são parte aparente de uma dificuldade mais ampla.

As pessoas com Síndrome de Irlen consomem mais energia e esforço na leitura e outras atividades visuais porque captam de forma diferente podendo apresentar alguma falhas na percepção. A tentativa de corrigi-las pode causar fadiga, cansaço e desconforto, o que afetam a leitura, a nitidez, a compreensão, o desempenho e o tempo de concentração.

Quando não tratada repercute em toda a sua vida acadêmica e profissional. A identificação precoce e o incremento de estratégias apropriadas de aprendizado permitem a integração e o desenvolvimento dos talentos inatos de cada criança.

A Síndrome de Irlem não é diagnosticada em exames oftalmológicos de rotina, apenas com um teste específico aplicado por profissionais treinadas (screeners).

Chamada Síndrome de Irlen é caracterizada por sintomas de pressão nos olhos, dores de cabeça e distorção da imagem durante a leitura. Acredita-se que seja uma condição relacionada ao “stress” visual resultante da hiperexcitabilidade do córtex visual.

Alguns autores diferenciam esta síndrome dos demais problemas oculares como vícios de refração mal corrigidos (miopia, astigmatismo e hipermetropia), anormalidades da visão binocular (como microestrabismos, insuficiência de convergência, etc) e problemas da acomodação visual Evans.

A causa do problema ainda é mal estabelecida. Alguns trabalhos relacionam a Síndrome a um problema de hereditariedade e outros a uma disfunção do sistema imunológico provocada por alterações na taxa das gorduras sangüineas.

No século passado alguns autores chegaram a sugerir que esta síndrome fosse incluída no diagnóstico diferencial da Dislexia do Desenvolvimento. J.Learn.Disabil. 28 (1995) 216.

- Sintomas mais frequentes:
- Sensibilidade à luz (luz do sol, luzes fortes, luzes fluorescentes, faróis, iluminação das ruas)
- Estresse e Esforço (atividades visuais, audição, TV, cores)
- Matemática (erros de alinhamento, velocidade, exatidão/precisão)
- Distração (leitura, audição, trabalho, provas)
- Dores de cabeça
- Desempenho comprometido nos esportes com bola
- Acompanhamento de objetos em movimento
- Sonolência em viagens de carro ou ônibus
- Direção Noturna (não conseguir dirigir )
- Cansaço/Fadiga geral
- Cansaço durante o uso do computador,tv
- Audição “retardada”
- Baixa concentração no estudo e provas
- Leitura de Música
- Percepção de profundidade
- ADD (Distúrbio do Déficit de Atenção/HD (distúrbio de hiperatividade)
- Dores de estômago
- Explosões de comportamento
- Náusea/Tontura
- Dificuldade em seguir com os olhos
- Ansiedade
- Nervosismo
--Tem dificuldade em memorizar e compreender o que lê-

-Queixa de dores de cabeça, cansaço ou outros sintomas físicos quando está diante de algum texto- Omite ou “salta” palavras quando lê.

- Quando a luminosidade, o contraste, o tamanho da impressão, o trabalho e o esforço de compreensão afetam negativamente o desempenho na leitura, bem como na realização de outras tarefas (por se tratar de uma distorção visual).

-Por apresentarem problema com a luz branca, não conseguem ser produtivos quando expostos a ela, podendo ser considerados “preguiçosos” ou “displicentes” ou se sentirem incompetentes.
Outras Comorbidades
Essa síndrome pode ou não estar associada a outras dificuldades de aprendizagem tais como: Déficit de atenção e Hiperatividade, problemas comportamentais e emocionais, sensibilidade à luz (fotofobia), dislexia, certas condições visuais médicas, entre outras.


Diagnótico

O diagnóstico é feito por profissionais devidamente capacitados e autorizados para tal avaliação. O método utilizado é a Escala Perceptual de Leitura Irlen (EPLI) que, identifica e avalia os níveis em que os indivíduos cuja vida acadêmica tem sido dificultada pela síndrome de Irlen e conscientiza o cliente de suas condições.

Quando a SI não é diagnosticada, os indivíduos podem ser vistos como tendo problema de comportamento, de atitude, emocional e motivação.



TRATAMENTO

O tratamento proposto para esta Sindrome foi a prescrição de filtros coloridos, quer na forma de óculos, quer na forma de folhas plásticas coloridas sobrepostas na folha de leitura, quer na forma de marcadores de texto coloridos.

Trabalhos recentes mostram que os filtros aumentam o rendimento de leitura em apenas 3,8% tanto em adultos quanto em crianças

Outros trabalhos mostram que a maioria dos pacientes que receberam tratamento adequado dos problemas oculares existentes apresentaram melhora dos sintomas e aumento na performance.


Trabalhos realizados pelo setor de Oftalmologia do CRDA também não mostram efetividade do uso de filtros em portadores de dislexia. Nestes as lentes prismáticas de baixa potência têm mostrado resultados surpreendentes (48% de melhora na performance de leitura).

A avaliação oftalmológica dos pacientes disléxicos deve ser dinâmica considerando a atividade ocular durante a leitura e o esforço contínuo de foco para longe, perto e distâncias intermediárias (quadro negro, livros e cadernos e computador), o fluxo de informações constante e a percepção e cognição cerebral.

 http://www.irlen.com.sg/irlen.html

http://www.dislexia.com.br/intro.htm

http://www.dyslexia-test.com/color.html

http://www.holhos.com.br/fundacao.html

http://www.dyslexia-test.com/index.htm

http://www.dyslexia-test.com/index.htm


Um comentário:

Anônimo disse...
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