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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A mudança


Aos 5 anos e 6 meses Emmanuel foi transferido para Escola Municipal Trajano Procópio, eu fiquei muito insegura e pra ser sincera um sentimento de grande tristeza me tomava porque sabia que ele estava matriculado no primeiro ano do ensino fundamental , porem eu sabia também que havia outras crianças ali, da mesma idade do que o meu pequeno, mas que pelo que os professores diziam tinham o processo cognitivo, bem mais alem do que o do meu filho.

O fato de ele não continuar com a mesma turminha que ele estudava antes, também me machucou muito. Tive que amadurecer a idéia e tentar conviver com aquela situação harmonicamente. Não concordava com o que via, pois ele estava começando, chegando da educação infantil que não tinha obrigação nenhuma em alfabetizar, apesar de eu perceber esse paradigma em muitos professores da rede.

Perguntava-me como uma simples avaliação diagnóstica iria medir o conhecimento do meu filho, que em minha opinião tinha uma visão de mundo até maior que a de muitos meninos que ficaram “digamos na turma A”.

Outra coisa que me indignava era imaginar que o processo de alfabetização iria começar ali e ele poderia com certeza acompanhar os seus coleguinhas, claro da maneira dele, no tempo dele.Era aquela a hora!!!Ele estava ali esperando atenção.... Mas não colocaram o meu filho em uma turma com o rendimento menor e separaram ele de seus amigos, principalmente do Tiaguinho, no qual ele se referia como o melhor amigo e companheiro. E mais uma vez ele foi colocado de lado.

Assim iniciamos o ano de 2009.Emmanuel na turma do 1° ano.

Achei essa mensagem muito parecida com o momento:

“ Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar e as leis que você decidi obedecer”                                                                        
     Charles Millurff

E eu não concordava com o que via, mas não fazia nada para mudar, aceitei o que veio pra eu e meu filho vivermos.

Não me rebelei, não gritei, me escondi e me calei em minha dor a espera de ter o filho que sonhei.Mas era tão ingênua que não percebia que meu filho era uma dádiva, que ele era muito mais do que uma simples avaliação elaborada por pessoas que se imaginam aptas a avaliar uma criança,a avaliar seu desenvolvimento que esta começando ali, pessoas que se pensarmos bem podem estar podando, excluindo através de seus conceitos, paradigmas e resultados uma vida sem frustração, de infelicidade e de sentimento de inferioridade.

Um pesar, porque assim , como o meu filho tantas outras crianças devem se perguntar o que tem de errado comigo????Por que estou aqui e não La?Eles são melhores que eu???? Eu penso que elas não estão erradas, estão sendo crianças que devem ser respeitadas em sua individualidade.Errados somos nós que em nossa mediocridade nos julgamos ser capazes de medir ate onde vai uma criança.

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